Dexter – A Mão Esquerda de Deus

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dexter

Dexter Morgan é um educado lobo vestido em pele de ovelha. Ele é atraente e charmoso, mas algo em seu passado fez com que se transformasse numa pessoa diferente. Dexter é um serial killer. Na verdade, é um assassino incomum que extermina apenas aqueles que merecem. Ao mesmo tempo, trabalha como perito da polícia de Miami.
(Sinopse do livro)

A maioria das pessoas conhece Dexter devido à série de TV do Showtime – que conta atualmente com três temporadas, com mais duas prometidas – mas o que poucos sabem que o programa é, na verdade, baseado numa série de romances policiais do escritor Jeff Lindsay. A primeira temporada em particular, foi uma transposição quase fiel do primeiro livro, Darkly Dreaming Dexter, recentemente lançado em terras tupiniquins com o título Dexter – A Mão Esquerda de Deus, pela editora Planeta.

Michael C. Hall como Dexter

Michael C. Hall como Dexter

Nesse romance, Lindsay nos draga à mente perturbada de seu protagonista, Dexter Morgan, compartilhando conosco a sua visão excêntrica do mundo, suas impressões apuradas sobre as pessoas, e seu relacionamento com o “Passageiro das Trevas”, nada mais que a personificação de seus impulsos homocidas, aqui simbolizado como o passageiro do banco de trás.

A obra aborda o jogo de gato-e-rato entre Dexter – que trabalha na polícia de Miami como analista de borrifos de sangue – e um novo assassino em série, o Carniceiro de Tamiami, que desmembra as suas vítimas de forma a não deixar nenhum rastro de sangue, método esse que fascina o nosso “herói”.

Todavia, conforme a trama progride, somos levados a nos questionar se o tal Carniceiro realmente existe, ou se ele seria, na verdade, uma manifestação da psique mais sombria de Dexter, o seu inconsciente se tornando o consciente, o passageiro do banco de atrás assumindo o volante. Tal dúvida paira no ar até os momentos finais do livro, habilmente construída por Lindsay.

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Para quem já assistiu à série de televisão, o livro possui distinções suficientes que justificam a sua leitura, como a dinâmica entre Dexter e o Passageiro das Trevas (que recebe muito mais destaque aqui do que na série), bem como a diferença de personalidade e atitudes de alguns personagens em comparação às suas contrapartes televisivas (notadamente, a LaGuerta). E o mais importante: o desfecho é substancialmente diferente, indicando que os trabalhos sebsequentes nada tem a ver com as tramas do programa, como a investigação do FBI ou Miguel Prado.

Excelente romance noir de leitura absolutamente recomendada.

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